A invasão do prédio da Reitoria da USP é apenas o sintoma de um ambiente acadêmico sequestrado pela militância de esquerda que aflora tanto no Movimento Estudantil quanto no corpo docente das universidades de humanas. Lugares que deveriam ser centrais de produção de conhecimento tornaram-se criadouros de milicianos que não estão a serviço do estudo e da pesquisa e sim da arruaça e da depredação do patrimônio público.
Já havia muito tempo, a USP estava se transformando em palco para toda sorte de crimes. O clima de insegurança havia se estabelecido com força. Assaltos e sequestros tornaram-se rotineiros na vida acadêmica dos 80 mil alunos que frequentavam o campus. A gota d’água na onda de criminalidade veio quando o estudante Felipe Ramos de Paiva foi assassinado, com um tiro na cabeça, no estacionamento da faculdade de Economia. No âmbito de prover policiamento para a Cidade Universitária, coisa que a guarda patrimonial da USP não tinha condições de fazer, a Reitoria e a Polícia Militar estabeleceram uma parceria. O resultado dessa ação conjunta foi a queda, em 93%, dos índices de criminalidade no campus.
O vandalismo que se viu não foi em favor da democracia ou do livre pensar e sim em prol de alguns maconheiros que haviam sido presos, acusados de vender drogas. Alegando a defesa de uma suposta “autonomia universitária”, como se a USP fosse um estado paralelo, onde as leis que se aplicam ao seu redor não se aplicam no seu interior, grupos de esquerda, aliados a elementos estranhos à Universidade, resolveram promover os atos de vandalismo que culminaram com a invasão da Reitoria.
A aliança entre bandidagem e esquerdismo é histórica. Na Colômbia, ela produziu as FARC. No Brasil, o Comando Vermelho. Na USP ocorria um processo de transformação que estava fazendo da Universidade uma enorme boca de fumo onde tudo, menos e lei e a ordem, era permitido. Botados para correr pela polícia, que é a democracia fardada, os invasores, que de modo algum representam os estudantes, deixaram o prédio da Reitoria no mesmo estado em que devem conservar suas mentes. A saída desses elementos foi o triunfo da legalidade sobre a anarquia criminosa.
Ao longo do episódio, em momento algum a esquerda protestou pela morte de Felipe. E por que protestariam? Afinal, o que é uma vida humana em comparação a utopia de se consumir livremente um punhado de haxixe?
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
A USP e a Nova Utopia da Esquerda
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